- É o que vamos ver!
Ele se aproximou da garotinha e tentou dar uma coronhada com
sua arma, a menina impôs o machado em frente à arma do caçador e o jogou pra
trás.
Ela estendeu os braços e a floresta inteira se assentou em
suas mãos.
O caçador ficou horrorizado e atirou três vezes com sua
espingarda. Os tiros atingiram a menina em certeiro.
O impacto a fez ir para trás, mas não muito.
Assim que os projeteis dele acabaram ela o olhou
mortalmente.
- Agora é minha vez!
Os braços dela foram à frente e com ele todos os galhos e
escuridão foi tomando conta do espaço ali presente. O caçador tentava evitar, e
hesitava indo para trás, porém a garota não se importava, de uma forma ou de
outra ele iria morrer.
Os galhos espinhosos seguram o caçador prendendo suas mãos
aos espinhos e seus pés.
A menina se aproxima com seu machado.
- Bruxa!
Ele cospe na cara da garota. Ela se vira e coloca a mão em
cima da gosma. Retira e espalha na cara do caçador.
- Você podia ter sido mais esperto caçador!
Ele continua sentindo os espinhos perfurarem lentamente seu
pulso.
- Bruxa, está conspirando contra mim junto com aquele animal!
- Me desculpe Sr. Caçador... Se quiser sair vivo deverá
então me dar um bom motivo para me juntar a você e não ao lobo!
Os olhos do caçador dum moreno doentio pensaram em algo
rapidamente.
- Eu tenho um bom coração.
A menina sorriu com, com aquele olhar malicioso do qual o
caçador odiava ver numa garota como ela. Tão pequena.
- Ainda não é um bom motivo.
Ela ergueu o machado a cima da cabeça e o caçador já de
olhos fechados esperando seu futuro aceitou a reação da menina. Até que um
latido corrompeu o silêncio. A garota largou o machado ao chão e um movimento
um tanto robótico virou-se. Parecia um zumbi hipnotizado.
Ela observou o lobo ensangüentado com as patas machucadas e
os olhos ensangüentados. Provavelmente um deles havia sido furado.
- Lobo?!
A menina correu ao seu lado e agarrou-se aos pelos macios e
sedosos do animal.
Ele gemeu de dor. Os galhos soltaram o lenhador/caçador e
esconderam-se na mata. A floresta tornou-se escura... Fria... Tão escura quanto
antes, porém antes os galhos pareciam revoltados, a grama parecia seca de ódio
e as flores murchas de antipatia, agora a floresta estava triste... As flores
murchas de solidão, a grama seca de agonia, e os galhos pareciam aflitos.
A garota se manchava no sangue do lobo caído ao chão. O
lenhador aproveitou para ir embora o mais rápido que pudesse. Mas antes que ele
fosse a garota se desesperou.
- Você o matou!
Ela estendeu a voz por toda a floresta em um volume
incontrolável. Ao mesmo tempo enquanto rangia os dentes estendia a mão
apontando o lenhador.
No mesmo minuto as árvores secas a obedeceram e foram atrás
do homem.
Ela levantou deixando o lobo gemendo dor de suas presas. A
garota foi andando enquanto o vento batia em seu rosto e ela esboçava ódio em
todo o seu rosto.
O homem já estava preso aos galhos enquanto ela ainda andava
em direção a ele. Seus pés batiam na terra batida do chão com ódio.
O salto da bota afundava na terra enquanto o vento batia em
seus cabelos e seus olhos azuis lançavam um olhar mortal ao lenhador que
desesperado tentava se debater.
Ela estendeu a mão novamente, e dessa vez a fechou
lentamente. E como ela as plantas foram se fechando e trancando o lenhador até
que ficou praticamente impossível mexer-se.
- Você vai morrer! Agora!
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